Ao meu redor um teatro ocupado. Inúmeros escritos pelas paredes em diversas línguas. Pude entender apenas “Venceremos”. Pessoas nas cadeiras expressam seus pontos de vista sobre um determinado tema. Névoa de cigarro e cheiro de coragem. Não entendo absolutamente nada, elxs estavam falando grego. Algumas pessoas se exaltam e se retiram da assembléia. Percebo que voltam logo em seguida. Era só pra fazer cena. Vamos. Na porta da ocupação várias garrafas de cerveja. Reciclagem? Acho que não. Dou uma risada e continuo o caminho. Naquele momento eu não sabia onde estava. Eram as ruas de Atenas e uma hora avançada. Na esquina um policial vestido de verde segura uma metralhadora. O seu poder de fogo é sintomático em qualquer parte do mundo. Óbvio, não se tratava de proteger alguma vida e sim o estabelecimento. Pergunto para o amigo ao lado se sabia o que era o estabelecimento que o policial estava protegendo. Resposta negativa e vários outros de verde cruzam a esquina. Meu estômago agora se manifesta com calafrios. Parece que eles podem ler a minha mente, é assustador. Atravessamos ...
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Foto: Mal de ojo
Cortesia de Beatrice Velarde (www.beatricevelarde.com)
Marta Sanchez, Payasa sin Fronteras
